21 July 2008

V-roots : texto

O “V roots” aconteceu na noite de Sábado, dia 19 de Julho de 2008, no Bacalhoeiro, em Lisboa. Como manda a tradição, o evento começou atrasado e com alguns problemas e contratempos: um jantar que o bacalhoeiro entretanto tinha combinado para a mesma hora sem nos avisar antes (acabaram por se mudar para outra sala…), os microfones que deixaram todos de funcionar no momento em que as apresentações começaram (falou tudo ao “natural”, à antiga…), os problemas com o projector de imagem e som (os vídeos tiveram que ficar para a segunda parte, já com o problema resolvido…). Mas como também manda a tradição, tudo se resolveu e acabou por correr bem.
Houve uma grande diversidade de temas abordados nas várias apresentações. A abrir este “interaction”, Paulo Moreira começou por explicar como surgiu a ideia de fazer estes encontros, mostrou algumas imagens e curiosidades dos eventos passados de Bregenz, Barcelona, Londres e Madrid. Uma agradável surpresa foram as apresentações que se concentraram em retratar questões do foro sociológico e político, demonstrando uma consciencialização de problemas actuais como: o ordenamento do território (Ateliermob); o conflito israelo-palestiniano (Nuno Coelho); os choques culturais na metrópole de Paris (Andreia Florentino e Anthony Rougier); uma reflexão sobre história, arquitectura e sociedade (Atelier Base). Através da plataforma “myspace”, Mariana Tengner Barros explorou as potencialidades do mundo virtual. O arquitecto Pedro Campos Costa mostrou parte do seu percurso paralelo como actor. Também houve apresentações de projectos/obras na área da arquitectura, nomeadamente: uma casa no Algarve (Nuno Rodrigues); a sede do parque natural da Ilha do Fogo em Cabo Verde (Oto); um centro escolar numa aldeia perto de Aveiro (Miguel Marcelino); uma pizzaria em Barcelona e lofts em Milão (Lola); um projecto de iluminação para uma galeria em Estocolmo (Mafalda Rangel).
O balanço geral do “V roots” é bastante positivo. No total estiveram cerca de 70 pessoas neste “interaction” o que lhe reforça a atmosfera informal, quase “familiar”, que tem caracterizado este tipo de encontros. Para terminar, queria agradecer a todos os oradores pelas suas apresentações que foram de uma grande diversidade e interesse, a todas as pessoas que vieram assistir e conviver nesta bela noite de Verão, ao staff do bar do Bacalhoeiro por não deixar ninguém ficar com sede e, para terminar, agradecer ao Paulo Moreira pelo esforço e dedicação com que tem organizado estes encontros. Foi um prazer co-organizar este “V roots” em Lisboa. Que venham muitos mais “interactions”!

Miguel Marcelino